OBI
0BÌ FRUTO DE UMA PALMEIRA AFRICANA INDISPENSÁVEL NO CULTO DOS ORISÁ, ONDE SERVE DE OFERENDA PARA OS ÒRÌSÀ E É USADO NAS PRÁTICAS DIVINATÓRIAS SIMPLES, SEPARADO PELAS MÃOS EM PEDAÇOS.
O BROTO DO OBÌ: TIRA-SE PARA IMOBILIZAR A GERMINAÇÃO. PARA UM OBÌ GERMINAR É PRECISO DE TODAS AS SUAS PARTES. SE ISTO É OBSTRUÍDO, É NECESSÁRIO NÃO DEIXAR OS GOMOS EM INCUBAÇÃO. UM GOMO ESTÁ SEPARADO DO CONJUNTO. SERIA MAIS OU MENOS UM PADECIMENTO. POR ISTO QUE DIZEMOS IPA OBÌ, MATAR O OBÌ.
A palavra “obi”, se refere à noz de cola fresca nativo da África, especificamente o OBI ABATA. Varia de branco, a escuridão vermelho, em cor.
É DITO QUE O OBI VEIO A AIYE (TERRA) COM DUAS IRMÃS – OBI ABATA E OBI GBANJA. OBI ABATA, O TIPO DE OBI USADO EM ADIVINHAÇÃO, É COMPOSTO DE TRÊS A SEIS LÓBULOS QUE SÃO DIVIDOS (ABERTOS), com as mãos, NUNCA COM FACA, E USADOS COMO ORÁCULO EM OFERECIMENTOS PARA OS ANTEPASSADOS E ORISA. O OBI ABATA É UM INGREDIENTE PRINCIPAL NA MAIORIA DOS RITUAIS DE IFA'ORISA SAGRADOS E CELEBRAÇÕES.
Embora possam ser usadas outras configurações do Obi de vários modos, são os quatro lóbulos de Obi, também conhecido como Iya Obi (A Mãe Obi).
OBI GBANJA É A NOZ DE COLA QUE SÓ POSSUI DOIS LÓBULOS. OBI GBANJA NÃO É USADO EM OBI ADIVINHAÇÃO, EMBORA É CONSUMIDO POR PESSOAS POR RAZÕES SECULARES, PRINCIPALMENTE DEVIDO A SEU ALTO CONCENTRAÇÃO DE CAFEÍNA E USADO COMO UM ESTIMULANTE. A PESSOA DEVERIA NOTAR QUE É FREQÜENTEMENTE O OBI GBANJA QUE É ACHADO EM LOJAS.
A PESSOA DEVERIA TER CUIDADO PARA VERIFICAR SE ESTÁ COMPRANDO OBI ABATA E NÃO OBI GBANJA QUANDO SELECIONANDO PARA RITUAL OU PROPÓSITOS DIVINATÓRIOS.
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Obí era uma pessoa simples e honesta, muito bondosa e que ajudava a todos os que lhe procuravam.
Obí era amigo de Exú, e sempre andavam juntos, ajudavam os mendigos e os necessitados e Exú se orgulhava do amigo que tinha.
Em suas caminhadas ao Orun, Exú comentou com Olorun sobre a existência de Obí e que ele era uma pessoa muito virtuosa.
Olorum então pediu que Exú na próxima ida ao Orun leva-se Obí com ele, pois queria conhecer esta pessoa tão virtuosa que Exú tanto elogiava.
assim Exú levou Obi para conhecer Olorun, este chegou ao Orun maravilhado e se jogou aos pés de Olorun louvando-o, sentou à mesa e conversou com Olorun, após a refeição Olorun contente com a postura e a forma como Obi se comportava lhe agraciou com uma vida mais digna, este quando retornou para o Aiyè passou a ter um novo rumo em sua vida.
Começou a ter novas oportunidades e a progredir, comprou uma linda casa e roupas brancas que brilhavam tem tão limpas.
Mas a vaidade começou a se apoderar de Obi, este começou a desprezar os mendigos que batiam a sua porta, e começou a fazer festas e mais festas, regadas ao luxo e a luxúria.
Exú que estava viajando chegou na cidade e resolveu visitar Obi, ao chegar na casa do mesmo viu que existia uma festa e que os seus amigos mendigos estavam na rua a chorar, estranhou e abraçando-os os levou para dentro da casa de Obi e entrou com eles abraçados.
Obi tomado de orgulho e vaidade mandou que ele se retira-se, que a sua morada não era lugar para mendigos e nem para Exú, este ficou triste e se retirou da casa de Obi e foi-se ao Orun para se queixar com Olorun, Olorun ficou triste e horrorizado com o relato de Exú, mas se iu obrigado a constatar o que estava acontecendo.
No outro dia quando Obi estava saindo de casa, apareceu-lhe um mendigo e pediu um prato de comida, Obi o tratou mal e lhe disse um monte de coisas ruins e mandou ele sari da frente de sua casa.
Eis que o mendigo se levantou e jogou a roupa no chão e aquela luz se fez presente, era Olorun fantasiado de mendigo que fora ver de perto o que Obi estava fazendo.
Obi se jogou aos pés de Olorun e pediu desculpas, este olhou para ele e setenciou;
Obi, apartir de hoje você servirá a todos
Todos utilizaram-se de você para me consultar
Todas as oferendas que forem feitas deverão ter a sua presença
E você passará a ser um fruto, que todos comerão e utilizaram sempre
E transformou Obi em uma arvore que da frutos o ano inteiro e que tem de ser utilizado em toda e qualquer oferenda que é feita, pois através de Obi é que recebemos a resposta se a oferenda é ou não é de bom agrado.
Eis a importância de Obi na liturgia e na consagração das oferendas
LENDA Nascimento do Obi
Obi é um elemento muito importante no culto de Orisa. A noz de cola, Obi, é o símbolo da oração no céu. É um alimento básico, e toda vez que é oferecido seu consumo é sempre precedido por preces. Foi Orunmila quem revelou como a noz de cola foi criada.Quando Olodunmare descobriu que as divindades estavam lutando umas contra as outras, antes de ficar claro que Esu era o responsável por isso, Ele decidiu convidar as quatro mais moderadas divindades (Paz, a Prosperidade, a Concórdia e Aiye, a única divindade feminina presente ), para entrarem em acordo sobre a situação ....Eles deliberaram longamente sobre o motivo de os mais jovens não mais respeitarem os mais velhos, como ordenado pelo Deus Supremo.
Todos começaram então a rezar pelo retorno da unanimidade e equilíbrio.Enquanto estavam rezando pela restauração da harmonia, Olodunmare abriu e fechou sua mão direita apanhando o ar.Em seguida abriu e fechou sua mão esquerda, de novo apanhando o ar. Após isso, Ele foi para fora, mantendo Suas mãos fechadas e plantou o conteúdo das duas mãos no chão.Suas mãos haviam apanhado no ar as orações e Ele as plantou. No dia seguinte, uma árvore havia crescido no lugar onde Deus havia plantado as orações que Ele apanhara no ar.
Ela rapidamente cresceu, floresceu e deu frutos! Quando as frutas amadureceram para colheita, começaram a cair no solo. Aiye pegou-as e as levou para Olodunmare,e Ele disse a ela para que fosse e preparasse as frutas do jeito que mais lhe agradasse.Primeiro, ela tostou as frutas, e elas mudaram sua textura, o que as deixou com gosto ruim.No outro dia, Ela pegou mais frutas e as cozinhou, e elas mudaram de cor e não podiam ser comidas. Enquanto isso, outros foram fazendo tentativas, no entanto todas foram mal sucedidas.
Foram então até Olodunmare para dizer que a missão de descobrir como preparar as nozes era impossível. Quando ninguém sabia o que fazer, Elenini, a divindade do Obstáculo, se apresentou como voluntária para guardar as frutas.Todas as frutas colhidas foram então dadas a ela.Elenini então partiu a cápsula, limpou e lavou as nozes e as guardou com as folhas para que ficassem frescas por catorze dias. Depois, ela começou a comer as nozes cruas.Ela esperou mais catorze dias e depois disso percebeu que as nozes estavam vigorosas e frescas.Após isso, ela levou as frutas para Olodunmare e disse a todos que o produto das preces, Obi, podia ser ingerido cru sem nenhum perigo.Deus então decretou que, já que tinha sido Elenini, a mais velha divindade em Sua casa quem conseguiu decodificar o segredo do produto das orações, as nozes deveriam ser dali por diante, não somente um alimento do céu, mas também, onde fossem apresentadas, deveriam ser sempre oferecidas primeiro ao mais velho sentado no meio do grupo, e seu consumo deveria ser sempre precedido por preces.
Olodunmare também proclamou que, como um símbolo da prece, a árvore somente cresceria em lugares onde as pessoas respeitassem os mais velhos. Naquela reunião do Conselho Divino, a primeira noz de cola foi partida pelo Próprio Olodunmare e tinha duas peças. Ele pegou uma e deu a outra para Elenini, a mais antiga divindade presente.
A próxima noz de cola tinha três peças, as quais representavam as três divindades masculinas que disseram as orações que fizeram nascer a árvore da noz de cola.
A próxima tinha quatro peças e incluía assim Aiye, a única mulher que estava presente na cerimônia.
A próxima tinha cinco peças e incluiu Orisa-Nla.
A próxima tinha seis peças representando a harmonia, o desejo das orações divinas.
A noz de cola com seis peças foi então dividida e distribuída entre todos no Conselho.
Aiye então levou a noz de cola para a Terra, onde sua presença é marcada por preces e onde ela só germina e floresce em comunidades humanas onde existe respeito pelos mais velhos, pelos ancestrais e onde a tradição é glorificada. OBÍ !!!
E o fruto que em todas as circunstâncias se rende a os ORIXAS; oferenda e alimento ritual dos deuses e antepassados.com a oferenda do OBI se começa todos os rituais e cerimônias.
- Quando OBATALA o dono do obí, reuniu todos os ORIXAS para dar a cada um o direito do obi. esta assembléia de reparte a cada um os poderes do OBI em baixo da palmeira. OBATALA pois, aos pés de cada ORIXA um OBI, por isso, todos os ORIXAS tem o direito do OBI.
Ao redor da palmeira sagrada os ORIXAS escultaram respeitosamente as instruções de OBATALA. o único que se mostrou relutante foi OBALUAIYE, mas no entanto OBATALÁ o dominou a fim teve que acatar a vontade do chefe supremo. Desde de então não possível praticar o rito aos ORIXAS e os ANTEPASSADOS, sem antes ter concebido a oferenda do OBÍ .Assim nasce o culto e a cerimônia dos obi que também é representado como o fruto mas sagrado dentre o culto dos orixas acreditam-se que é a própria boca dos orixas e considerado como a "HÓSTIA" . Dentre o culto do OBI temos o mais comum que o "OBI ABATA" o OBI de 4 bandas que é o mais comum nas consultas.também se dividi no em 2 macho e 2 fêmeas que traz com 9 combinações agbá. Temos o "OBI BANJA" que usamos geralmente para uma confirmação de algum trabalho.como também vários métodos e tipos de obi a ser usado em determinado cultos como por exemplo:
OBI DE 3 BANDAS usada exclusivamente nas oferendas a EXÚ.
OBI DE 5 BANDAS usado exclusivamente no culto as IYÁ MINS.
Além das caídas que traz consigo o OBI ele também traz em suas presentações através do posicionamento das caídas denominada APERE-TI e também com ele traz o simbolo do odu agbá conhecido também como perna do odu. Temos em cuba o oraculo semelhante ao do obi. que é o COCO também conhecido como "OSHEBILLE" leva o nome do signo a qual ele nasceu: O awo chamado BIAGUÉ tinha um filho chamado DIÁTÓTÓ. e seu pai lhe entregou seu único segredo: a arte, que havia recebido de IFÁ adivinhar com os cocos. Em sua casa BIAGUÉ tinha outros filhos que lhe obedecia como um pai e ele os consideravam como filhos pois eles eram adotivo com exceção de ADIÁTÓTÓ. Quando morre BIAGUÉ todos os filhos adotivos roubam tudo do verdadeiro herdeiro.
ADIÁTÓTÓ fica no mundo passando por muita dificuldade. Um certo dia o OBÁ "rei" queria averiguar a quem pertencia o grande terreno que possuía BIAGUÉ no ILÉ ILÚ, na cidade, e ordenou que se apresentasse seu dono atual. o que declarou que o terreno lhe pertencia não tinha provas que o acreditasse e o porta voz divulgou o nome de ADIÁTÓTÓ.
Qual foi ver o OBÁ e disse que o único que podia provar era ele pois erá o único a qual BIAGÚE havia ensinado a arte de adivinhar com os cocos. Então todas as perguntas que o rei fazia, o obi respondia a verdade e dessa forma ADIÁTÓTÓ recebeu de volta toda sua herança deixada pelo seu pai a qual seus falsos irmãos o roubaram e a unica coisa que não conseguiram roubara foi a sabedoria de usar o coco como oraculo de adivinhação.
Desta forma ADIÁTÓTÓ FOI O PRIMEIRO awo que adivinhou com o coco.
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O ACAÇÁ:
As definições mais elementares do acaçá, dizem que se trata de uma pasta de milho branco ralado ou moído, envolvida ainda quente, em folha de bananeira. A definição é correta, mas extremamente superficial, já que o acaçá é de longe a comida MAIS IMPORTANTE do candomblé. Seu preparo e forma de utilização nos rituais de oferendas envolvem preceitos e bem rígidos, que nunca podem deixar de ser observados. Todos os Orixás, de Exú à Oxalá, recebem acaçá.Todas as cerimonias, do ebó mais simples aos sacrifícios de animais, levam acaçá. Em rituais de iniciação, de passagem, em tudo mais que ocorra em uma casa de candomblé... Só acontece com a presença de acaçá. A pasta branca à base de milho branco, chama-se ECO (èko), depois de envolvida na folha de bananeira, aí sim, será acaçá. O acaçá, é um corpo, símbolo de um ser. A única oferenda que restitui e redistribui o axé. O acaçá remete ao maior significado que avida pode ter: a própria vida; e por ser o grande elemento apaziguador, que arranca a morte, a doença, a pobreza e outras mazelas do seio da vida, tornou-se comida e predileção de todos os Orixás. Nem todas as palavras do mundo são suficientes para decifrar o valor de um acaçá. Basta admitir que os segredos estão nas coisas mais simples para ver que muitos julgaram insignificantes, a comida mais importante do candomblé, banalizando o sagrado e privilegiando a intuição em detrimento do fundamento. Fato é que quem não faz um bom acaçá, não pode ser considerado um bom conhecedor de candomblé; pois, as regras e diretrizes da religião dos Orixás nunca foram ditadas pela intuição. Constituem grandes fundamentos "cristalizados" ao longo de anos e anos de tradição. Aos incautos vale afirmar que candomblé não é intuição, mas, fundamento sim, e fundamento se aprende. Fundamento é o segredo compartilhado, o mistério sagrado, o detalhe que faz a diferença e a prova de que ninguém pode enganar o Orixá. Aqui o grande fundamento é que o sangue dos animais jamais pode jorrar sobre os ibás sem a presença do elemento pacificador, pois, o acaçá simboliza a paz. Quando ofertado e retirado do seu invólucro verde, tornando-se a comida de Oxalá que agrada a todos os orixás, a primeira oferenda que deve ser colocada diretamente no assentamento, juntamente com o obi e a água, antes de qualquer sacrifício. O acaçá deve permanecer fechado,imaculado até o momento de ser entregue ao Orixá, só então é retirado da folha. É como se o sagrado tivesse que ficar oculto até a hora da oferenda, prova de que o segredo é quase sempre um elemento consagrado. E o segredo do acaçá é enrolar o ekó na folha de bananeira, é o que mantem um terreiro de candomblé de pé.
DENDEZEIRO
zan
Orogbo
Gbanja; Golo; Obi Gbanjà
Avi; Vi; Obi Abàtà
Detin; Ede; Igi Okpe dendezeiro
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O Obí é a semente sagrada da religião dos Òrìsà, assim como a hóstia é pára o Cristianismo, e em hipótese alguma é permitido parti-lo com instrumentos de aço ou ferro, este já vem com seus gomos delineados pela própria natureza e esta regra em abri-lo somente com as mãos e com o auxilio das unhas deve ser obedecida e a violação desta obrigatoriedade é quase que um sacrilégio. Não se trata simplesmente de "abrir" o obi, na verdade o ato é revestido de cerimônia com rezas e libações de água, as partículas que produzem as raízes do obi existentes dentro dele são retiradas com as unhas enquanto algumas exortações são proferidas. Insubistituível dentro do culto, esta presente em todas as cerimônias, desde o “nascimento” até a “morte” Muitos dentro da cultura não dão muito valor aos amplos detalhes quanto ao “jogo do Obí”, e é neles que se encontram todos os segredos relativos ao bom andamento dos ritos e cerimônias e do sucesso por eles esperados. Saber abrir um Obí e entender suas “mensagens” é o mínimo que se pode exigir de um sacerdote de qualquer ramificação das religiões afro-descendentes.
Orogbo - fruta bastante utilizada nos rituais sagrados.
Uma das oferendas preferidas de Xangô.
tipos conhecidos são:
O Obí Gbanjá, possui dois (gomos) e não deve ser usado ritualisticamente, segundo os “padrões convencionais”, já que não possui propriedades sagradas e “àse” para utilizações litúrgicas. Seu uso mais comum são como alimentos e terapias alternativas, existem inúmeros sacerdotes que o utilizam em ritualísticas restritas.
O Obí Abatá, possui de 3 à 6 (gomos), são usados ritualisticamente para inúmeras cerimônias dentro do culto aos Òrìsà e amplamente usado como consulta oracular (veja o mito abaixo). Oferenda por excelência de todas as divindades do Panteão Yoruba, com exceção de Sango. Os que possuem 4 gomos são os mais empregados nos rituais do Ibori, deve ser o primeiro alimento oferecido à este Imole. O Obí pode variar sua cor entre o rosa e o vermelho, mas todos com uma coloração clara em seu interior. Os mais raros são os Obí totalmente branco denominado pelo nome de Obí Efin, somente exigido pelos Òrìsà Funfun e mesmo assim deverá obrigatoriamente possuir mais de 2 gomos.
A falta de esclarecimento e conhecimento de sacerdotes e sacerdotisas, levam inúmeras pessoas a exigirem exclusivamente em suas liturgias, o referido Obí branco.
Esta “fissuração” em relação ao Obí branco, raríssimo de ser comercializado, incitam comerciantes inescrupulosos agirem de forma ilegal. Mergullhado em substâncias químicas, tais como ácido clorídrico e outras substâncias tóxicas, que visam alterar a cor natural do Obí, são comercializados livremente sem nenhuma inspeção dos órgãos competentes.
Após esta “técnica criminosa” o Obí fica branco e para não comprometer ainda mais a sua estrutura, são mantidos em soluções diluídas de formoldeído. Esta “aberração” alem de apodrecidos, mau cheirosos e sobretudo venenosos, são oferecido as divindades e compartilhado em uma espécie de comunhão litúrgica entre os devotos.
Aridan, àrìdan ou aridam é o nome de uma arvore de origem africanas, cultivada no Brasil que produz frutos com o mesmo nome, seu nome científico é tetrepleura ou tetraptera (Schum & Thour).
Fava de aridan como é chamado pelo povo de santo é um fruto sagrado "ewe orixa" que entra na maioria dos rituais do candomblé, principalmente nos ritos de odu ejé, sasanha, abô e assentamento de orixá como exu, ogum, obaluaye, oxum, xango e outros a depender do oro axé.
No sentido de proteger o terreiros e os filhos de santo contra as mazelas e feitiços, são colocadas favas de aridan em quase todos os ibas orixás e na preparação de pós, chamados de pó de pemba, efun ou atin e soprado pela iyamorô ou iyalorixa em todo compartimento do ile axé.
Abuxó - Fava usada pelo pai-de-santo nas cerimônias do terreiro e
tida pelos crentes como possuidora de várias virtudes
curativas.
Dendê - Fruto do dendezeiro (palmeira). 0 azeite a indispensável
na culinária afro-brasileira.
ORÓGBÓ - Fava de uma planta africana adaptada no Brasil (Garcinia Kola, Hae-ckel, GUTTIFERAE).
Orogbo ou orobô é o nome de um fruto sagrado de origem africana, muito utilizado nos rituais do candomblé. Pertence a família da Garcinia, seu nome científico é Garcinia Kola Heckel.
São utilizados nos ritos de Orumilá, Xango, Osain e outros aborós, indispensável em jogos divinatórios e na feitura de santo no sentido de alcançar a prosperidade. Utiliza-se também no preparo do abô, sasanha e da comida ritual especificamente nas oferendas de Airá.
ALIBE
contra a inveja
Alobaça
A cebola está classificada como erva quente - usa-se a casca para defumações, assim como a casca de alho, guiné e outras
A cebola pertence a Exú e Pomba-Gira é comum colocá-la cortada em rodelas com carnes mal passadas, farofa, milho, ovo etc.
Há ainda a cebola-cencém, também pertencente a Exú - usa-se o bulbo desta para os sacudimentos nas casas.
É isso.
Tudo utilizado com prudência, respeito e sabedoria.
VOU CONTINUAR................
O Obi que é um fruto africano de uso imprescindível no Candomblé, sem ele nenhuma obrigação é feita.
Para que a obrigação, ou outro rito prossiga com aceitação dos orixás é necessário uma resposta positiva a ser dada através do Obi.
Ele deve ser jogado antes da obrigação para saber se o ritual pode ser realizado e depois de feito para saber se foi aceito pelos deuses.
O fruto utilizado deve ser o que possui quatro gomos, chamado de Obi Abatá, sua divisão deve ser natural, ou seja é proibido o uso de faca ou qualquer material cortante, para dividi-lo em quatro partes, se naturalmente ele só contiver duas partes.
As duas metades correspondem a dois casais, caso o obi contenha mais de quatro partes, o excedente deve ser retirado, para que somente as quatro permaneçam.
O local onde o Obi será lançado deve ser plano, no chão ou sobre um prato branco, onde fundamentalmente contenha água.
As partes são lançadas simultaneamente, sem manipulação ou lançamento individual.
Uma exceção deve ser feita no uso do Obi como jogo, para o Orixá Xangô deve ser utilizado Orobô em substituição do Obi.
As caídas dos gomos de Obi tem a seguinte correspondência:
Um para cima e três para baixo: O orixá Exu é quem responde ao jogo. É necessário verificar se as obrigações a ele foram cumpridas. O zelador deve saudá-lo colocando a mão no chão e no peito por três vezes e continuar o jogo. O odu correspondente é Okaran.
Dois para cima e dois para baixo: A resposta vem de Ogum que neste caso representa o equilíbrio. O odu corresponde a Ejiokomeji.
Três para cima e um para baixo: Não é considerada uma resposta precisa, sendo assim não há autorização para iniciar nenhuma obrigação.
Todos para baixo: Uma resposta negativa.
Todos para cima: Resposta positiva para a obrigação possa ser iniciada e com êxito. O odu correspondente é Aláfia.
FAVAS
ARRUDA
Muito obrigado pela orientação.
ResponderExcluirGostaria de saber e conhecer mais sobre outras sementes, e cocos